segunda-feira, 7 de maio de 2012

Reforço


                Isto é o que pretendem as autoridades responsáveis pela segurança pública no estado quando ensejam a vinda de policiais do interior para agirem aqui no Vale dos Sinos. Como sempre acontece, tentam mais uma vez, tapar o sol com uma peneira. A minha revolta, o meu nojo, a minha incredulidade é ver que todo mundo festeja estas improvisações, que aliás servem apenas para produzir manchete em jornais. De nada adianta dar um carro para cada policial civil ou militar, de nada adianta botar um soldado em cada esquina se a falha determinante está na aplicação e nos recursos permitidos pela lei.
                   A poucos dias, tive o carro arrombado, dentro do meu pátio, além de uma revirada em tudo o que havia na área externa da casa. Acionada a Brigada Militar compareceu, para o devido registro do ocorrido. Conversando informalmente um dos soldados declarou que aquilo para ele era rotina, todas as noites alguém era visitado pela horda de vagabundos que proliferam pela cidade. Não é por nada que somos referência quando o assunto é insegurança. Quando me referi ao fato de minha filha ter sido assaltada na passarela da prefeitura, ele antecipou-se e falou: Eu sei, é um negro alto, que anda de bicicleta e ameaça com uma faca? Já o prendi mais de seis vezes.
                   O vergonhoso nisto tudo é que antes da polícia apresentar o desocupado, quem primeiro aparece é o advogado (a). Formalidades cumpridas, folha de papel preenchida, esta vai para a gaveta e o vagabundo sorridente sai pela mão do seu advogado, não sem antes dar um sorriso de deboche. E isto é tudo, a vítima vai correr atrás do prejuízo, com direito a ser assaltada mais uma vez, agora pelo governo (segundas vias de documentos) e no outro dia lá estará o marginal a espreita. E o pior de tudo é que se mesmo reconhecido pela vítima em via pública, a polícia só poderá ”fazer alguma coisa” caso o suspeito esteja portando algum pertence da vítima. É hilário, mas é verdade.
                   Precisamos de leis que sejam cumpridas, queremos juízes que não se deixem influenciar pela choraminga dos coitadinhos que agem nas madrugadas, assaltando,estuprando, matando e que sequer dormem uma noite na cadeia.
                  Não adianta prender e o advogado soltar na mesma hora. Vamos parar com esta palhaçada do menor infrator, é menor só para não ser punido? Mas com autoridade para andar armado, matar? Em todas as reuniões sobre segurança, que participo, o que mais se ouve é de que leis existem, mas não são cumpridas. É mentira, leis existem, porém com tantos nós a favor do bandido que o próprio judiciário não sabe como desatá-los.

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