quarta-feira, 25 de julho de 2012




O meu candidato.
Nunca escondi de ninguém, que sou brizolista, também não é segredo para ninguém que sou um tanto quanto bicudo, gosto de dizer na cara aquilo que penso, tenho lá as minhas manias as minhas convicções, e acredito mesmo que não vá mudar. Cresci assim, vou viver assim, e não me arrependo do jeito que sou. Logicamente  o candidato ideal não existe. Mas cada um de nós pode e deve analisar todos os pretendentes, suas qualidades, seus defeitos, seus projetos, a viabilidade destes projetos, se eles são na verdade atribuição de  um prefeito, ou de um vereador assim como estão sendo apregoados. 

A escolha de alguém que vai ter a incumbência de nos representar, de legislar em nosso nome vai muito alem do que ser amigo, bonito, bom de conversa e ou ser peitudo. Por detrás de cada eleição, de cada candidato está um homem, ou mulher, de carne e osso com virtudes e defeitos, que podem aflorar a qualquer momento. A democracia se nos apresenta facilidades, liberdades e oportunidades. 
É através destas várias opções que vamos exercitar o nosso direito de escolher quem deverá administrar nossas cidades, nosso estado, nosso país. Quando questionamos atitudes, quando cobramos ações,quando levantamos suspeitas, não costumamos olhar para traz e fazermos uma “mea culpa”. 

De quem realmente é a culpa por aquilo estar acontecendo? Será que verdadeiramente eu não tenho nada a ver com isto? Como é que esta pessoa chegou lá?Geralmente nos grandes movimentos e de crise, nos ocupamos em pedir a cabeça dos responsáveis, mas, quem de nos lembrou alguma vez de que a cabeça que pode vir na bandeja se a nossa própria? As pessoas que ocupam cargos eletivos, só estão lá por escolha de alguém, e a estas pessoas cabe a responsabilidade dos atos e ações desta gente. Por isto se insiste tanto na responsabilidade que envolve o simples ato de apertar o botão na urna eletrônica. Há quando anos nossa cidade vive sob as asas dos mesmos políticos? São os mesmos nomes sempre.

 Será que se tivéssemos trocado estas pessoas Sapucaia do Sul não seria uma cidade realmente diferente? Novas pessoas, novas ideias, cabeças limpas, sem rabo preso, sem trapaças, sem chantagens. E porque isto ainda não se concretizou? Pelo simples fato de que eternamente somos escravos do voto amigo, do voto dos favores pessoais, das sacolas,dos terreninhos, das casas do governo, do passeios, dos bailes, dos remédios. Via de regra o candidato de hoje ou é o mesmo da eleição passada, ou então é parente, ou indicado por alguém que já está cansado de mamar e agora indica o seu substituto. Isto se chama o sistema da roda viva. A cada eleição nos é apresentada a chance de mudar, mas, continuamos atrelados ao assistencialismo, a facilitação das coisas, seja por amizade,interesses próprios, até mesmo preguiça de investigar a vida do candidato. 

Tem algumas dicas que podem ajudar aquelas pessoas que desejam realmente limpar a política. 1 – Ninguém muda de perfil, pessoal por eleger-se a alguma para alguma coisa,  muitas das vezes até piora. 2- Poder econômico quando usado em demasia não que é mais inteligente do que os outros, apenas que tem mais dinheiro, e isto é perigoso. 3 – O verdadeiro candidato constrói sua base eleitoral, calcado em projetos, ações, exemplos prático. O bom candidato não àquele que de quatro em quatro anos se apresenta com uma bandeirinha no ombro, um sorriso amarelo e um santinho, o bom candidato é aquele que te ouviu, quando procurado, aquele que não mediu esforços para ajudar não só a ti mas a comunidade.

 4 – Ninguém que realmente tenha vontade de realizar projetos e melhorar a vida de uma cidade vai precisar de oito, dez, vinte anos de mandato. Se não fez em quatro é descartável. 5 – Desconfia daquele que se apresenta agora como candidato se ele fundou alguma coisa para criar vínculo (igrejas, ONGs, Fazendas de acolhimento) com a cidade. Certas pessoas não tendo argumentos, muito menos clareza de convicções fazem uso destes estratagemas. 7 – Desconfiem dos tais “planos de governo” geralmente eles te serão apresentados poucos dias antes das eleições, é justamente para que não tenha tempo de inquirir o candidato sobre a viabilidade daquilo tudo que está escrito ali, (olha o exemplo do Ballin). 

De nada adianta  encher laudas e mais laudas de coisas sem nexo, sem propósito, irrealizáveis.8 – Normalmente, que faz o projeto de governo de um candidato, é a sua equipe. Ai pergunto: Alguma vez você já foi convidado a fazer parte de alguma destas equipes? Já foi sondado sobre os problemas da tua vila, do teu bairro? Nunca, pois é, mas o voto para colocá-los no posto chave, eles querem não é mesmo? Então avalie muito bem o nome que vai escolher. Quanto a mim,  meu candidato? Posso lhes garantir que ainda não apareceu.

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